Meu interesse por narrativa sempre foi evidente e crucial na minha vida.
Desde pequeno, sempre gostei de ouvir histórias. Originado na infância, esse hábito continuou comigo, e hoje – o que antes podia se resumir a “contos de fadas antes da hora de dormir” – se manifesta por meio de livros que leio, filmes a que assisto, jogos com os quais interajo e experiências que vivo. Junto com esse interesse por ouvir e descobrir novas histórias, sempre esteve meu envolvimento com jogos eletrônicos – e graças ao RPG (analógico) Dungeons & Dragons, conheci a figura do bardo. Pouco tempo depois, ainda na infância, veio a necessidade criativa de me expressar por meio de prosa, poesia e roteiros, e contar também as minhas histórias. Enfim, desempenhar o meu papel de Bardo.
Motivado por esses elementos que efetivamente uniram meu amor por narrativa com a minha paixão por jogos (e o “empurrãozinho” de alguns amigos), optei por criar um vlog dedicado à análise de narrativa em jogos eletrônicos. Para mim, os games representam experiências únicas, que despertam uma forte emoção equivalente às emoções vividas em outras mídias. Chegou a hora de mostrar por que não podemos dispensá-las.
Surge o LudoBardo. O lúdico fica por conta da minha persona jogadora e desenvolvedora, enquanto a narrativa fica por conta do Bardo. Todos os dois amparados por pesquisa.
Confira os dois primeiros episódio em que eu explico a distinção entre Narrativa Embutida e Narrativa Emergente, e como isso servirá para analisar jogos eletrônicos.
As partes são divididas, como o título mostra, entre teoria e prática. Acompanhe os próximos episódios no canal http://www.youtube.com/user/VagrantBard.
Já comentei no canal do Youtube mas agora irei comentar aqui também:
Sensacional o vídeo. Gostei da edição da parte 2, em que as imagens estão ficando um pouco mais na tela do que a primeira parte. Estou tentando ainda descobrir o nome do livro que eu lí e que tem um capítulo sobre narrativa embutida=emoldurada e narrativa emergente. Achei que no começo do primeiro vídeo a explicação ficou um pouco complicada. Esse livro que falei cita isso mas de uma forma mais simples, em vez de usar esses termos, ele simplesmente classifica como história do game (narrativa embutida) e história do jogador (narrativa emergente).
Mas o importante é que no final deu uma clareada. Parabéns (novamente) pelo videolog e aguardo ansiosamente o próximo. Quero mais!
Abraço.
Muito obrigado, Fabio!
É muito bom saber que você gostou. Eu sei que estou atrasado com o segundo e estou correndo contra o tempo, mas sempre que tiver críticas e sugestões, pode falar.
Abs,
Gostei bastante do vídeo. Eu sempre pensava que a um jogo fosse dividido em duas partes. A primeira é idealizada pelo designer e vai do processo de criação até a prateleira de venda. A segunda começa a partir do momento que o jogador obtém o jogo e é construída enquanto o jogador vivencia a experiência. Eu nunca pensei na palavra “narrativa”, que pra mim era apenas um sinônimo para “enredo” até ver seu vídeo. Obrigado pelo esclarecimento.
[…] contando com os conceitos de narrativa emergente e embutida, eu analiso a narrativa do jogo Far Cry 2. Apliquei esses conceitos da narrativa criticamente e fiz […]
muito bom os vídeos Ludo :)
agora finalmente sei o que é narrativa emergente e embutida…ou pelo menos acho que soube interpretar o que foi dito.
Narrativa embutida: o enredo do game, começo ,meio e fim. simples.
Narrativa emergente: é o que o gamer passa no jogo para chegar ao seu objetivo, ou não. tenho que ver mais os seus vídeos e quais jogos eu acho com uma boa história?
bom, aí vai depender de cada um. eu por exemplo, estou muito fascinado com o enredo da série Shin Megami Tensei 1(SNES) ou Persona caso não saiba de que estou falando.(você é um gênio, então tu já deve ter sacado que jogo falo aqui). que conheci nesse jogo por ser eu retrôgamer, a história é um pouco incomoda se quem joga for muito religioso, pois lida com o tema religião,anjos,demônios,mortes e a consequências de suas escolhas para salvar ou condenar o mundo. você pode escolher entre apoiar os anjos e Deus ou ir para o lado dos demônios e ajudar Louis Cypher. um homem misterioso engravatado… o enredo é bem elaborado e quase convincente. principalmente se optar pelo lado do Caos, onde Louis Cypher defende.
como ultimamente estou indignado com a Igreja e seus atos dos servos das mesmas, isso foi meio como um protesto pessoal meu. mas a narrativa embutida nela é excelente, já a emergente….é uma dificuldade meu amigo…
Gostei muito dos videos, uma serie de jogos onde a narrativa embutida propõe uma narrativa emergente ao jogador é a série Hitman, onde o objectivo de matar o alvo pode ser realizado de diversas maneiras reflectindo a forma que o jogador acha que a missão deveria ser cumprida, dando lugar a assassinos que matam todos no nível ou a assassinos que passam despercebidos e apenas matam o alvo, escolhendo o caminho que desejam entre vários e as armas e como as pretendem usar ( envenenar a comida ou usar uma pistola por exemplo). Gostava de acrescentar também uma evolução da narrativa emergente onde os jogadores criam missões para outros jogadores, criando assim conteúdo extra ao inicial no jogo. Isso acontece com a criação de mods por jogadores ou no caso do jogo EVE online, jogadores podem criar missões para matar outros jogadores como recompensas, mencionando tambem a dinâmica de guilds nos jogos mmorpgs que ligam um lado social extra ao inicialmente previsto.