Facetas de Nós: Interpretando Papéis em Games Online

5 04 2010

Esse texto foi escrito em co-autoria entre eu, Arthur Protasio, e Ana Wander Bastos. Separadamente, nós relatamos nossas experiências como (ex-)jogadores de RPGs online e traçamos os paralelos das identidades que assumimos nessas realidades virtuais com as opiniões e afirmações da autora Sherry Turkle em seu livro “A Vida no Ecrã”.

Introdução:

A autora Sherry Turkle aborda em seu texto “Facetas do Eu”, capítulo 7 de “A Vida no Ecrã”, os MUDs e os RPGs como ferramentas sociais de criação ou manifestação de identidades. Os MUDs atuam como espaços virtuais permanentes nos quais diversas pessoas se conectam e interagem por meio de descrições textuais. Linhas e linhas de texto servem o propósito de comunicar as ações de cada jogador, como dormir, jantar, conversar e narrar eventos a partir das identidades escolhidas – fossem estas equivalentes às da vida real ou não. RPGs, no entanto, estruturados como jogos de interpretação de papeis, tal qual um teatro improvisado com a inserção de mecânicas lúdicas, implicam na necessária criação e interpretação de personagens. A sigla RPG significa em inglês “Role Playing Game”. Em outras palavras, é uma atividade que se auto-intitula como “jogo de desempenho de papéis” e reúne jogadores em encontros presenciais. Tanto o MUD, conhecido pela sua representação textual de um espaço comum virtual permanente, como o RPG, notado por seu caráter lúdico, compartilham características no que diz respeito ao exercício da imaginação e à atuação de certas identidades. Apesar de serem experiências distintas, ambos são espaços para manifestações das diferentes facetas do “eu”. Atualmente, esse quadro analisado por Turkle permanece, mas as possibilidades aumentaram e não mais se resumem a estas duas atividades.

Com o advento da tecnologia, este cenário se alterou. Atualmente, diversos jogos, especialmente eletrônicos, assumem uma função única na qual ambas as características são incorporadas. Muitos jogos eletrônicos passaram a incorporar esta lógica da combinação, e assim originaram um gênero que promove a fusão dos MUDs com RPGs, sendo eles os MMORPGs. Esta sigla é união do já existente RPG com MMO, que significa, em inglês, Massive Multiplayer Online. Em poucas palavras, é um espaço lúdico e permanente que abarca na rede online uma quantidade massiva de jogadores. Embora muitos jogos hoje em dia possam ser inseridos nessa categoria, dois especificamente desempenharam um papel importante na vida destes autores, e fizeram parte do cotidiano ao ponto de reiterarem as palavras de Turkle. Sendo assim, o objetivo deste trabalho é ilustrar tal cenário com as experiências pessoais de jogadores que habitaram mundos virtuais permanentes de caráter lúdico, e assumiram, ao longo desta experiência, diferentes facetas. Read the rest of this entry »





Tudo Bem?

29 07 2006

Enquanto assistia a sessão da tarde na televisão uma senhora por volta de seus sessenta anos é surpreendida por uma mensagem de plantão.

“Caros telespectadores, interrompemos o filme ‘Um Morto muito Louco 4’ para informar que meteoros estão vindo em direção à terra e vão colidir em apenas alguns minutos resultando no fim do mundo. Alguns abrigos já estão sendo organizados por toda a cidade, mas sinceramente achamos que de nada irá adiantar. Recomendamos que todas as pessoas aproveitem seus últimos minutos com calma e sem entrar em pânico.Obrigado.”

Logo após o aviso Andréia se levanta e vai à janela. Em questão de segundos o que parecia uma bola de gude vermelha cresceu e explodiu a algumas quadras. Fogo e caos começaram a se espalhar pela cidade e enquanto vários tremores afetavam a terra a senhora correu. Agarrou um pequeno livro de telefones e procurou um número. Logo em seguida discou discou rapidamente.

O telefone toca uma vez. Outra vez. Três. Hesitantemente a mulher vai colocando o telefone no gancho quando ouve uma voz. Coloca o receptor no ouvido:

-Alô? Alô? ALÔ? – uma voz ofegante e estridente

-Dolores?

-Quem é? – sons de explosões e gritos podem ser ouvidos ao fundo

-Sou eu Andréia. Tudo bem?

-Andréia…?

-Andréia da faculdade.

-Déiazinha! Reconheci sua voz agora. Como você ta?

-Ah eu to ótima e você amiga?

-Melhor não poderia estar. Meu casamento ta ótimo, eu moro com o homem que eu amo e meus filhos são lindos. E você?

-Eu estou be – de repente do outro lado da linha criança grita: “Mãe! Vamos sair daqui! Ta tudo pegando fogo! Mãããããããe” “Cala boca muleque, não vê que eu to falando no telefone?” O som da linha fica mais abafado, mas ainda é possível ouvir. “Arnaldo para de beber cerveja e pega o garoto chorão aqui! EU TO NO TELEFONE!” os gritos soam em um tom completamente histérico e estressado.

-Dolores?

-Oi Dédé meu amor, desculpa pela demora, o cachorro tava latindo aqui e eu tive que soltar ele do canil.

-Ah tudo bem. Eu só estava dizendo que comigo está tu-

-Mas você me ligou por que mesmo? Eu sei que a nossa amizade permanece firme como sempre, mas eu queria saber se você ta precisando de algo.

-Na verdade estou. Eu tava ligando pra te pedir de volta aquele brilhante de diamante que eu te emprestei pra ir na festa da empresa do seu marido.

-Qual?

-Aquele do coração em forma de diamante, com os detalhes folheados a ouro.

De repente em explosão ecoa do lado da linha de Andréia.

-Dédé? Que isso?

-Ah foi nada, a empregada derrubou a geladeira – Andréia observa o estrago do meteoro que caiu na sua rua pela janela. Janelas estraçalhadas, pessoas gritando e muito fogo.

-Eu acho que posso te devolver esse brilhante. Mas pode ser semana que vem?

-Olha não fica triste, mas é que eu queria esse brilhante agora. Ele era da minha mãe e significa muito pra mim.

-Pede um pro seu marido, ele é rico e pode te dar um muito mais bonito.

-Você sabe que eu sou viúva Dolores. – um tom sério permeia a ligação.

-Ah foi uma brincadeira. Então você quer ele hoje, né? Eu vou falar pro meu marido passar ai depois do trabalho. – “Num vem com papo pra cima de minha não Dolores! Você sabe que eu to desempregado!” “CALA BOCA REX! ”

-Desculpa, é o cachorro que ta com fome aqui.

-Então hoje ele deixa aqui? –Andréia testa a mentira de Dolores.

-Isso mesmo…lá pelas dezoito horas ele deve passar ai.

-Tudo b-

-Mas foi ótimo ouvir de você Dédé. Estou feliz que esteja tudo ótimo com você. Vamos sair um dia desses amiga.

Um estranho barulho de ligação chiada começa a surgir e cada vez ficando mais forte.

-Dolores? Dolores? Você não sabe meu endereço.

Os bipes de ligação cortada ecoam pela linha.

Andréia calmamente pega uma caneta vermelha e risca o nome de Dolores de uma lista de vários outros nomes já riscados.

-Nunca gostei daquela vaca.





O Baile de Máscaras

13 07 2006

Como ela era linda. Aquele corpo escultural estendido na cama ao meu lado simplesmente significava que ao longo do tempo soubemos lidar um com outro para ao final nos encontrarmos completamente desmascarados. Exatamente como somos, sem nenhum escudo, como quando nascemos. Atingimos o ápice da sinceridade e nada poderia nos tirar essa vitória, por difícil que ela tenha sido. Nos tornamos livres, exatamente como sempre devia-

– Bom dia amor. – a voz dela interrompeu meu monólogo mental.

– Bom dia.

– Ficou me olhando enquanto eu dormia, é?

– Não resisti. – Aproveitei para brincar, nada melhor que começar o dia em um bom humor.

– Que lindo. Você sabe que eu te amo, né?

– Eu também te amo.

– Não, eu amo mais. Eu faria de tudo para estar com você. – Realmente nesses últimos meses eu nunca havia sido entulhado com tantos presentes e afeto. Tive a impressão que nunca conseguiria tirar aquela imagem meiga da minha mente.

– Lindinha, ta ficando tarde. Vamos levantar?

– Ah não. Fica só mais um pouquinho comigo vai.

Após algum tempo nos começamos a arrumar e até esse ponto nada de diferente havia ocorrido. Até o café da manhã:

– Amor, passa a manteiga por favor. Obrigada. Olha só, hoje vou te chamar pra minha sala durante o dia, mas não se espanta não, ta? Não vai ser nada demais.

– Sei. – Não agüentei e ri um pouco. – Na última vez que você fez isso a gente tentou disfarçar, mas até agora não sabemos se nos ouviram. Melhor nem arriscar dessa vez. Aqui a gente tem mais paz.

– Não precisa lembrar. Tenho a impressão que estão me olhando estranho agora.

– Ah! Que isso. Ai já é coisa da sua imaginação. Qual problema em você rir quando vai pra sala da chefe?

– Deixa pra lá. Só num toma susto hoje quando eu te chamar.

– Tudo bem. Vamos então?

– Pode ir na frente, eu vou chegar um pouco depois hoje porque ainda tenho que arrumar minha mala.

– Que desculpa. Eu espero então.

– Não. Vai na frente, não quero que você chegue atrasado.

– Você vai demorar tanto assim?

Ela me beijou e se despediu novamente para depois entrar no banheiro. Não tive paciência para discutir. Estranho porque semana passada ela disse que iria junto comigo, acabou me seguindo no carro dela e por motivo nenhum parou e em um sinal aberto. O caos no trânsito começou a ficar tão grande que eu decidi seguir em frente. Era quase como se ela não quisesse chegar junto comigo no trabalho.

A rotina seguiu normalmente a partir daí. No escritório, vulgo o famoso baile das máscaras, encontrei Carlos grande amigo meu de trabalho contando uma história para os novos estagiários.

– Vocês precisavam ver a cara de desespero do garoto quando eu reclamei que ele havia esquecido de organizar os arquivos em ordem cronológica. Ele começou a chorar e pedir desculpa. Nessa hora eu pensei, “esse garoto não sabe trabalhar e não presta” e esse foi o nosso último estagiário aqui.

Sem dúvida o rosto aterrorizado dos novos recrutas era impagável, mas ninguém sabia que ele havia tomado uma bronca também inesquecível do seu superior e que a história do estagiário era toda balela. Dei apenas dois tapas amigáveis nas costas dele e segui para meu cubículo.

No caminho encontrei com a adorável Edna. Provavelmente umas das funcionárias mais antigas na empresa e também em faixa etária, pois devia beirar seus 70 anos. Nunca entendi como ela não havia sido demitida porque desde que ela se divorciou do marido e perdeu uma boa quantia de dinheiro passou a atender muito mal pelo telefone. Era praticamente uma ironia colocá-la como funcionária do SAC e não era a toa que poucas reclamações passassem por ela e chegassem até alguém superior. Estranhamente fora do telefone era um amor de pessoa e sempre disposta, desde que ficasse evidente que de alguma forma ela era superior a você.

Uma breve troca de “bom dias” me fez caminhar em frente já que ela parecia ocupada ao inventar mentiras para o cliente falando que o sistema estava fora do ar e aumentando o prazo padrão para a entrega de documentos. Aquela clássica ladainha que é engraçada para quem está desse lado da linha e um inferno para quem está no outro.

Chegando ao meu pequeno recinto coloquei a pasta na mesa e comecei a trabalhar. Algum tempo depois com dois copos de café apareceu Tiago.

– E ai garanhão. Aceita um café?

Ri levemente peguei o café da mão dele e perguntei sorrindo:

– Come que é?

– Você sabe pô. Num me vem com essa cara de inocente. Todo mundo viu você saindo com um sorriso da sala da chefe.

– Que isso cara. Ela contou uma piada e eu ri. É proibido sorrir agora dentro do escritório, é? Ela só é minha amiga, fica tranqüilo. Sem essa de rosto inocente porque o meu apelido não é Santinho.

– Eita. Pegou pesado agora. – O apelido do Tiago era Santinho, afinal ele tinha uma tremenda cara de santinho mesmo. Poucos na verdade sabiam a pessoa tarada que era. Em ocasiões já cheguei a vê-lo com inúmeras mulheres em uma mesma noite. No entanto no escritório ele vivia uma outra personalidade chamada Santinho. Não é que fosse o capeta, mas escondia algo por trás daquela meiga face. No entanto enquanto costumava esconder o que fazia eu costumava divulgar. – Então quer dizer que num ta rolando nada com ela?

– Ela é minha amiga. Só isso. – Mas toda regra tem sua exceção. Eu disse “costumava”.

– Tudo bem. Eu acredito. Me diz uma coisa, o almoço ta de pé?

– Claro. Então até lá.

O trabalho teria seguido normalmente pelo resto da manhã se não fosse por uma esperada interrupção. O telefone tocou e era o meu convite para sala da chefe.

Era engraçado como eu podia sentir os cubículos me acompanhando com seus olhos enquanto eu caminhava corredor a baixo. Geralmente isso seria um momento de glória para mim, mas circunstâncias atuais me faziam colocar a máscara de garanhão de lado e reconhecer que não era proveitoso nesse caso. Nem sempre a fama exagerada dos meus feitos me colocaria em uma posição favorável e essa era uma dessas situações.

– Feche a porta por favor senhor.

Eu apenas sorri com a brincadeira dela e fechei a porta.

– Veja só meu estimado empregado. Apenas lhe chamei aqui para exigir um tratamento mais respeitoso da sua parte. De agora em diante meu nome não basta e nem mesmo me chame pelo clássico apelido de “chefe”. Coloque sempre o “doutora” antes de meu nome e preferivelmente use Souza, meu sobrenome.

Meu rosto perplexo e atônito descrevia exatamente como eu me sentia. Eu estava desmascarado e despreparado para aquele momento.

– Tens algo a dizer senhor?

Consegui balbuciar uma frase com dificuldade:

– Mas ninguém te chama assim aqui e você não perde respeito por isso.

– Pois então farei com que todos tenham certeza que eu não perderei meu respeito. Pode ir agora.

Não estava em condições de argumentar ou insistir. Foi um golpe baixo.

Sai da sala cabisbaixo e desanimado. Ela ouviria a minha bronca mais tarde, mas por hora, em prol da relação, eu seguiria com o plano mascarado dela.

No caminho de volta para meu antro labutário ouvi alguns colegas falando:

– Olha só. Ta vendo ele ali. Aquele tomou bronca da chefe. Deve ter feito alguma besteira e todo mundo sabe que com ela não se brinca. Ela é tão séria que ninguém a desrespeita. Praticamente exala autoridade e em casa deve ser uma fera.

O outro colega havia me visto e complementou:

– Pode ser, mas eu acho que esse ai é o adestrador da fera.

– Que nada. Ele pode arrumar muita mulher por ai, mas essa eu duvido. Só um mestre poderia estar com a chefe.

Pensei em Carlos, Edna e Tiago. Pensei na Doutora Souza. Pensei em mim. O sangue subiu à cabeça, coloquei minha máscara e dei meia volta.

– Opa. Vocês estão falando de mim, é? Deixe-me contar uma história pra vocês.





O Manual

7 06 2006

Um senhor meio barrigudo por volta de seus 60 anos assiste ao noticiário na tevê. Nos intervalos comerciais ele aproveita a oportunidade para esticar seu braço para fora do sofá e pegar mais um copo cheio de suco de uva. Na distância é possível ouvir algumas vozes femininas acompanhada de uma infantil.

-Vai lá com seu avô. A gente vai prepara alguma coisa pra vocês comerem. Que tal um bolo de chocolate?

Passos leves, mas rápidos podem ser ouvidos ao se aproximarem da sala de estar e de repente pequenos braços envolvem o grosso pescoço da figura amada do jovem.

-Vitor! Como vai? Senta ai e assiste ao jornal comigo.

-Você pode assistir vovô, mas eu vou brincar. – o garoto sorridente exibe uma embalagem com um brinquedo de montar novinho dentro.

-Brinquedo novo, é? – o senhor com cabelos grisalhos sorri – Tudo bem. Então senta ai perto de mim.

Enquanto “flashes” sensacionalistas de desgraças misturadas a propagandas manipulativas e cenas eufemisticas de jogadores de futebol eram exibidas para os olhos do avô, Vitor calmamente montava sua mais nova estação de bombeiros. As peças eram variadas em cor e tamanho, mas todas elas tinham sua função na hora de montar as paredes, o chão, o telhado e o carro de bombeiro. Em meio a um intenso raciocínio e concentração o garoto é interrompido por um resmungar do avô.

-Que foi vô? – o garoto intuitivamente pergunta ao ouvir o grunhido de insatisfação.

-Olha isso. Há anos que eu vejo já essa mesma cerveja sendo exibida por uma mulher bonita da mesma forma e há anos que também só vejo desgraça. Nada muda.

O garoto sem muito entender da de ombros e volta para sua complexa construção. No entanto após algum tempo ele se depara não com uma estação de bombeiros, mas uma figura estranha e disforme de um amontoado de peças coloridas.

-Vôôô – o garoto chama pela figura poderosa no sofá – Cadê minha casa de bombeiro? Isso aqui tá estranho.

O homem olha sorridente e segura o riso quando vê uma torre semelhante a um arco íris de tijolos. Para ele a construção mais parece com uma pilha de ferro velho atacado por pintores modernos e loucos com latas de tinta variadas.

-Vitor…você leu o manual?

-Ih…é esse livrinho aqui?

-É. Olha, ninguém nasce sabendo. Se você quiser montar sua estação igual à figura da caixa, você vai ter que ler esse manual e seguir os passos. Pode ser chato, mas não é difícil e você vai ver que vai ficar igual no final.

-É…acho que esqueci de ler o manual.

O avô sorri levemente e volta a assistir ao último bloco do programa de fofoca jornalística. De repente, em vez de finalizar com os gols de algum amistoso irrelevante para o convívio social, a voz do apresentador ecoa pela sala:

“Escândalo de corrupção é revelado no congresso nacional e no poder executivo. Ligações são feitas desde o presidente da república até um deputado federal. Informações confirmam que desde meados do ano passado deputados vem recebendo uma quantia pecuniária generosa para servir os interesses das forças contratantes através de votos formais. O número de envolvidos ainda não é confirmado, mas conforme ele cresce o número de supostos artigos constitucionais violados também faz o mesmo. O nosso tele-jornal voltará brevemente após o intervalo com mais notícias de plantão.”

O silêncio permeia a sala. Enquanto o senhor exala raiva através de sua respiração a criança transparece confusão e perplexidade. Ela decide falar:

-Vô. O que esses homens fizeram foi errado, né? – a criança tenta entender a situação melhor ao tirar sua dúvida.

-Claro. Eles fizeram muita coisa errada. Foram contra a constituição inclusive.

-Por quê?

-Acho que eles esqueceram de ler o manual.

-Nada muda, né? – a criança ainda confusa tenta entender.

-Nada.








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